domingo, 28 de junho de 2009

Copa das Confederações - a Batalha Final

E não é que o americano Tim Howard roubou a cena? Desbancou os três dos melhores goleiros do mundo citados e, de quebra, quase levou o US Team à sua maior glória ever. To bad for him que do outro lado o Luis Fabiano precisava garantir de vez sua vaga no grupo da Copa - o que, aliás, conseguiu com sobras. Sem falar no Lúcio, que jogou como se precisasse provar algo para alguém - man, o Beckenbauer vai se arrepender de tê-lo dispensado.

No fim das contas, essa Copa das Confederações deixa algumas fortes impressões. A primeira é que esse time dos EUA tem potencial para complicar qualquer seleção na Copa do Mundo. A segunda é que a Espanha não é o supra-sumo o futebol que se acreditava antes da semifinal, mas sim uma excelente equipe com uma zaga vulnerável. Tão vulnerável, aliás, quanto a do Brasil, o que não foi suficiente para derrubar os comandados de Dunga. Assim, a terceira impressão é que a seleção brasileira recuperou sua alma, embora ainda precise ajustar a sua marcação. A quarta é que a Itália é uma sombra do time de 2006, para azar do Buffon. E a quinta e última é que os Bafana-bafana não devem fazer feio ano que vem, se somarmos o time razoavelmente sólido ao poder das vuvuzelas e da prancheta mística de Joel Santana. Dependendo da chave, dá até para sonhar com as oitavas.

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A ciranda de técnicos aqui no Brasil será tema de post depois da final da Copa do Brasil, para poupar a vós e a mim de algumas elucubrações.

sábado, 20 de junho de 2009

Punição divina

Os deuses do futebol são entidades curiosas. Diferente de seus pares divinos, não ficam incessantemente buscando adoração ou sacrifícios de seus fiéis - sim, aquela história de jogar no sacrifício é manha de jogador chinelinho. Não, os deuses da bola são discretos e fazem questão de aparecer o menos possível.

Com eles também não tem esses maniqueísmos bestas de certo ou errado, ético ou antiético, moral ou imoral. Eles consideram igualmente o time do convento de Calcutá e a seleção alemã da década de 1940, sem juízo de valor. Para eles, futebol não se mistura com justiça (apesar do STJD insistir no contrário) e o importante é o que acontece dentro das quatro linhas, bem como as decisões e ações que tem influência direta no rendimento do time. Sabe aquele craque que não treina, só quer sabe de balada e na hora do jogo nega fogo? Esqueça as justificativas do preparador físico e os palpites aleatórios dos jornalistas. A explicação é uma só: castigo divino.

Claro que não é qualquer ofensazinha que gera uma punição nesse nível. É verdade que eles se irritam com times que tem como principal jogada a bola aérea e fazem 90% dos cruzamentos no primeiro pau, na cabeça do zagueiro adversário, assim como têm urticária com times que deixam seu melhor jogador no banco de um jogo decisivo, mesmo quando ele não está em boa fase, além de não verem com bons olhos jogadores que não dão um chute decente ao gol adversário, mesmo jogando em casa e precisando ganhar. Mas nada disso é o suficiente para que eles, por exemplo, joguem um raio no Centro de Treinamento do time, na cabeça do preparador físico.

Porém, apesar da leniência com que tratam seus fiéis, as divindades ludopédicas também têm sua linha de tolerância zero e cruzá-la é mais fácil do que parece. Uma das maneiras é dar um pontapé no joelho do adversário quando já se tem um amarelo no mesmo jogo decisivo supra-citado. Certeza de incorrer na ira divina e de ir para o chuveiro mais cedo. Outra maneira é fazer um primeiro tempo ridículo e se revoltar ao ser substituído no intervalo. Não há coração combalido que desculpe ou justifique. Outra ainda é apelar para a violência quando o jogo já está praticamente perdido, o que também ofende às divindades menores do fair play, além de ser muito feio.

Aos transgressores está reservado o 12º cículo do inferno, junto com as torcidas organizadas e os cartolas corruptos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Copa do Brasil

Que jogo, no Pacaembu! Chances para todo lado, grandes defesas e dois belos gols. Fora todo o drama da história principal - título em disputa, vaga na Libertadores, ano de centenário - ainda tivemos várias subplots interessantes correndo em paralelo.

Uma delas foi a recuperação de Marcelo Oliveira, lateral-esquerdo do Corinthians, que começou jogando depois de dois anos lutando contra contusões e foi muito bem, dando a assistência para o primeiro gol do jogo.

Outra foi a afirmação de Taison como um protagonista, um verdadeiro franchise player, que chamou o jogo para si e por pouco não fez com que as comemorações acontecessem no outro vestiário do estádio Paulo Machado de Carvalho.

Aliás, não foi por pouco e sim pela grande atuação do Felipe, que é o centro de mais uma subplot, a de sua própria redenção da falha na final do ano passado. Depois da bola cara-a-cara que pegou no fim do jogo, pode-se dizer que ele caminha a passos largos para realizá-la.

Tem ainda a história de Danilo Silva, que saiu do Guarani para ser dipensado do São Paulo como zagueiro e foi parar na lateral-direita do Inter. E pensar que o Muricy adora jogadores versáteis. E que o São Paulo não tem um lateral-direito desde o Ilsinho.

Tem ainda o reencontro do Mano Menezes com o Inter, seu inimigo fidagal por tanto tempo, e o de Tite com o Corinthians, após a saída conturbada na época da MSI.

Ou seja, o enredo é bom, dramático sem apelar para o melodrama, e as atuações, apesar dos desfalques, estiveram à altura do script. Até a de Héber Roberto Lopes, que autorizou uma cobrança de falta com a bola mezzo andando, mezzo parada, que resultou no segundo gol do Corinthians. Um detalhe praticamente imperceptível na hora, mas que adicionou a pitada de polêmica que todo blockbuster precisa para permanecer na discussão. Pelo menos, até a estréia da continuação, que está marcada para 1/7.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Copa das Confederações

Falar de campeonato Brasileiro em geral e do Bruno em particular seria até maldade. Então, vamos direcionar o foco para o outro lado do mundo futebolístico, a África do Sul. Que, como já nos alertou o filósofo, é logo ali.

Sei que tem muita gente que torce o nariz para a Copa das Confederações, mas eu não me incluo nessa conta. Meu único senão é quanto ao horário dos jogos, que impede a audiência dos profissionais que não sejam da imprensa esportiva - aliás, ouvir jornalista reclamando da qualidade dos jogos é uma coisa que me intriga. Quem assiste até Desafio a Galo de graça não consegue conceber a idéia de receber para ver os jogos e ainda achar ruim. Mas isso é assunto para outro post.

Voltando à Copa das Confederações, a desse ano é duplamente especial para mim. Primeiro, por acontecer justamente nas minhas férias. Segundo, por reunir três dos melhores goleiros do mundo na atualidade: Júlio Cesar, Gianluigi Buffon e Iker Casillas. Porém, a primeira rodada foi uma ducha de água fria nas minhas pretensões, pois os três tiveram seu dia de goleiros comuns.

O primeiro foi Casillas, que só assistiu ao passeio da Espanha frente à Nova Zelândia. O segundo, Júlio Cesar, que sofreu três gols dos egípcios, todos indefensáveis, e não fez nenhum dos milagres com os quais nos acostumamos no últimos jogos. O terceiro foi Buffon, que levou um gol de penalti e só. Espero ardentemente que as coisas melhorem nessa quarta.

Quem salvou a rodada para mim foi o neozelandês Glen Moss. Não me entendam mal, sua atuação foi tão desastrosa quanto a do resto do time na derrota por 5x0 da estréia. É que quando eu estava nos juniores do Juventus, costumava brincar com meu irmão que, se não conseguíssemos virar profissionais no Brasil, sempre haveria a alternativa de nos naturalizarmos neozelandeses.

E não é que daria certo?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Comentários avulsos

- A Sandra tem razão: o Lúcio tem uma cara de mau de dar medo. Incrível terem conseguido um garoto para entrar com ele em campo.

- O Julio César jogando é coisa para se degustar.

- A intervenção do Elano no gol do Paraguai deve ter sido uma das mais infelizes da sua carreira.

- Hoje, temos em Kaká, Robinho e Luis Fabiano três match-winners que jogam cada um por si. Se eles se entrosarem nessa Copa das Confederações, viramos favoritos ao Hexa, na minha humilde opinião.

sábado, 6 de junho de 2009

E a bola rola...

Pitacos diversos do que vi desde que voltei à Terra, sem ordem nem lógica:

- Parece que o Vasco encontrou o goleiro que procurava desde a saída do Hélton.
- O Inter, em compensação, tem que continuar procurando. Lauro faz excelentes defesas de vez em quando, mas já é a segunda vez que arruma confusão com adversários. Dá medo só de pensar nesse time com o Renan no gol.
- Apesar de ter aberto o caminho para a vitória, fiquei triste pelo frango do Vieira. É difícil até imaginar o que passou pela cabeça dele no lance ou depois dele, mas de uma coisa podemos ter certeza: não foi agradável. E ele ainda saiu mal no gol do Juan.
- Do outro lado, o Julio César anda tão bem que a única coisa que sobra para criticar é seu tiro-de-meta. Ele mal passou do meio de campo lá no Centenário, enquanto no San Siro costuma chegar até o grande círculo do campo adversário.
- O detalhe é que o campo uruguaio tem 5 metros a mais de comprimento que o italiano (110 a 105), o que invalida peremptoriamente minha crítica. Sem falar que ele fez duas excelentes defesas, uma com o jogo ainda 1x0. Deixa o melhor do mundo em paz. Ou melhor, sit back and enjoy it.
- No São Paulo, Denis está saindo um belo aprendiz de Ceni no quesito reposição de bola. O lançamento que ele deu para o Dagoberto contra o Cruzeiro poderia ser assinado tranquilamente por qualquer meia-armador (aquele cara que jogava com a 10, hoje em vias de extinção).
- Já em Florianópolis, Eduardo Martini parou o ataque tricolor no peito, literalmente. Foram três bolas explodindo na sua caixa toráxica (a que o Zé Luis chutou na sua cara também entra na conta por licença poética), além de uma excelente defesa no reflexo.
- A última vez que lembro dele enfrentando o São Paulo foi um desastre - para ele, bem entendido. Foi em Caxias do Sul, no Brasileiro de 2004, quando o Juventude massacrou o SPFC durante todo o jogo, fez 1x0, mas tomou a virada aos 20' e 35' do 2º tempo em duas lambanças do goleiro.
- Por falar em lambança, Bruno fez a sua na Ilha do Retiro. Sua saída caçando lepidópteras ressuscitou o Sport no que poderia ter sido uma importante vitória do Flamengo fora de casa.
- Tá certo, méritos também para o Sport em geral e para o Weldon em particular. Mas é sempre bom salientar as falhas do goleiro flamenguista, pois ajuda a manter a expectativa sobre ele num patamar realista, sem os delírios (e o lobby) dos comentaristas cariocas com uma convocação para a seleção.
- No Palestra Itália, Marcos fez miséria. Pegou uma cabeçada banksiana (discutir se a bola entrou ou não é um crime lesa-arte) e uma paulada à queima-roupa, ambas dignas de entrar no DVD dos seus melhores momentos. Que, diga-se de passagem, deverá ser duplo. E se ele não parar de jogar logo, vai virar um box.

- E em Paris, Roger Federer mostrou que se não é o maior tenista de todos os tempos, com certeza está na discussão. A consagração em Roland Garros veio justamente no ano em que as coisas pareciam piores para o suíço, com poucos títulos e atuações vacilantes. Curiosamente, o reinado de Nadal começou com um panorama parecido, com o espanhol oscilando no circuito de saibro e tendo seu posto de número 2 ameaçado.
- Adoro essa sensação de testemunhar a história sendo escrita. Tomara que venha o 15º.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Apresentação

A Luiza nasceu às 10h35 do dia 28/5/2009, com 3,455 kg e 50 cm. Deu uma choradinha básica só para mostrar que estava tudo bem e dormiu, antes mesmo de ir conhecer a mamãe.

Agora já está em casa, linda e gorducha.

E o blog volta à sua programação normal.